“Uma fobia é um medo intenso de qualquer coisa que não é assim tão perigosa. Existem medos irracionais de quase tudo, desde aranhas a alturas e a interação social. As fobias começam geralmente na infância ou na adolescência, sugerindo que possam ser aprendidas, mas a maior parte dos pacientes não se lembra do incidente específico que desencadeou o seu medo. A tendência para desenvolver fobias parece dever-se, sobretudo, a fatores genéticos.
Assim, o ponto positivo é que as fobias estão entre os distúrbios psiquiátricos mais curáveis. A terapia comportamental de curto prazo que se centra em anular a reação do paciente ao seu medo é bastante eficaz. Por vezes, esta abordagem é auxiliada por medicação para reduzir temporariamente a fobia e fazer com que seja mais fácil enfrentar o medo, ou por terapia cognitiva comportamental para encorajar o paciente a repensar a sua atitude em relação aos estímulos que lhe provocam o medo.
Desta forma, o terapeuta expõe lentamente o paciente à situação temida em pequenos passos, ouvindo‑o com frequência para se certificar de que a ansiedade fica limitada a níveis aceitáveis. Quando a ansiedade começa a desaparecer, o paciente é exposto a situações reais de forma controlada para lhe ser demonstrado que não verdadeiramente perigosas.
Esta abordagem, feita pelas mãos de um terapeuta especializado, tem-se revelado bastante eficaz no tratamento das fobias.”
Referência: Aamodt, S., Wang, S., & Tavares, D. (2009). Cérebro: Manual do Utilizador.
Rosália dos Santos
Rosália Pinheiro dos Santos